domingo, 26 de junho de 2011

A cadeira

Numa pequena cidade do interior, o pároco visitava semanalmente os doentes do hospital local. Foi prontamente atender ao pedido de um homem que o chamou no meio da noite para rezar com ele.
Quando o sacerdote chegou, encontrou o enfermo na cama, com a cabeça apoiada num par de almofadas. Ao lado dele, uma cadeira, que o padre logo pensou estar ali para quando ele chegasse para rezar.
- Suponho que estava me esperando – disse o sacerdote.
Espantado, o homem respondeu:
- Não, quem é você?
- Sou o sacerdote que sua filha chamou para rezar com você. Quando cheguei e vi a cadeira ao lado da cama, achei que era para mim.
- Ah, sim, a cadeira – exclamou o homem! Entre e feche a porta.
Ao fechar a porta e sentar-se ao lado da cama, o sacerdote começou a ouvir o pobre doente.

- Esta é a primeira vez que falo com alguém sobre isso, mas é que na verdade nunca aprendi a rezar. Passei a minha vida toda sem saber o que é oração. Nunca me ensinaram a rezar e eu também nunca me preocupei em aprender. Pensava que Deus estava muito distante de mim, e nunca dei importância para a ideia de conversar com ele. Até que um dia um amigo me disse que rezar era muito simples e faria muito bem para mim. Que minha vida se transformaria por completo. Então, ele me ensinou. Disse para me sentar em frente a uma cadeira vazia e imaginar que Jesus está sentado ali. O próprio Jesus disse que estaria sempre ao nosso lado, podemos então conversar com ele sempre que quisermos. Você pode falar com ele sobre todas as coisas que desejar. Contar seus problemas, pedir conselhos, abrir plenamente seu coração como se estivesse falando com um grande amigo. Tentei uma vez e gostei muito do resultado. Desde aquele dia, tenho conversado com Jesus diariamente. Só tomo cuidado para que minha filha não me veja, para não pensar que estou louco.

Muito emocionado, o sacerdote respondeu àquela demonstração de fé dizendo que o que fazia era muito bom e deveria manter este hábito. Rezou com ele por alguns minutos e logo foi embora.

Dois dias depois, a filha comunicou ao sacerdote que o pai havia falecido. Na certeza de que o homem havia falecido em paz, perguntou como foram seus últimos momentos de vida.

A filha respondeu:

- Quando eu estava para sair, ele me chamou ao seu quarto. Disse que me amava muito e me deu um beijo. Quando voltei do trabalho, algumas horas depois, já estava morto. Só havia uma coisa estranha na sua morte. Antes de morrer, ele chegou bem perto da cadeira que estava sempre ao lado de sua cama e encostou a cabeça nela. Eu o encontrei debruçado sobre a cadeira. Por que será isso?

O sacerdote, profundamente comovido, enxugou as lágrimas e respondeu:

- Ele partiu nos braços de seu melhor amigo.

Fonte: Frei Darlei Zanon no livro Parábolas de Fé

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Qual a origem da festa de CORPUS CHRISTI ?

Todos os católicos reconhecem o valor da Eucaristia. Podemos encontrar vários testemunhos da crença da real presença de Jesus no pão e vinho consagrados na missa desde os primórdios da Igreja.

Mas, certa vez, no século VIII, na freguesia de Lanciano (Itália), um dos monges de São Basílio foi tomado de grande descrença e duvidou da presença de Cristo na Eucaristia. Para seu espanto, e para benefício de toda a humanidade, na mesma hora a Hóstia consagrada transformou-se em carne e o Vinho consagrado transformou-se em sangue. Esse milagre tornou-se objeto de muitas pesquisas e estudos nos séculos seguintes, mas o estudo mais sério foi feito em nossa era, entre 1970/71 e revelou ao mundo resultados impressionantes:

•A Carne e o Sangue continuam frescos e incorruptos, como se tivessem sido recolhidos no presente dia, apesar dos doze séculos transcorridos.


•O Sangue encontra-se coagulado externamente em cinco partes; internamente o sangue continua líquido.

•Cada porção coagulada de sangue possui tamanhos diferentes, mas todas possuem exatamente o mesmo peso, não importando se pesadas juntas, combinadas ou separadas.

•São Carne e Sangue humanos, ambos do grupo sanguíneo AB, raro na população do mundo, mas característico de 95% dos judeus.

•Todas as células e glóbulos continuam vivos.

•A carne pertence ao miocárdio, que se encontra no coração (e o coração sempre foi símbolo de amor!).

Mesmo com esse milagre, entre os séculos IX e XIII surgiram grandes controvérsias sobre a presença real de Cristo na Eucaristia; alguns afirmavam que a ceia se tratava apenas de um memorial que simbolizava a presença de Cristo. Foi somente em junho de 1246 que a festa de Corpus Christi foi instituída, após vários apelos de Santa Juliana que tinha visões que solicitavam a instituição de uma festa em honra ao Santíssimo Sacramento. Em outubro de 1264 o papa Urbano IV estendeu a festa para toda a Igreja. Nessa festa, o maior dos sacramentos deixados à Igreja mostra a sua realidade: a Redenção.

A Eucaristia é o memorial sempre novo e sempre vivo dos sofrimentos de Jesus por nós. Mesmo separando seu Corpo e seu Sangue, Jesus se conserva por inteiro em cada uma das espécies. É pela Eucaristia, especialmente pelo Pão, sinal do alimento que fortifica a alma, que tomamos parte na vida divina, nos unindo a Jesus e, por Ele, ao Pai, no amor do Espírito Santo. Essa antecipação da vida divina aqui na terra mostra-nos claramente a vida que receberemos no Céu, quando nos for apresentado, sem véus, o banquete da eternidade.

O centro da missa será sempre a Eucaristia e, por ela, o melhor e o mais eficaz meio de participação no divino ofício. Aumentando a nossa devoção ao Corpo e Sangue de Jesus, como ele próprio estabeleceu, alcançaremos mais facilmente os frutos da Redenção

Por: Carlos Martins Nabeto

Fonte: Agnus Dei

Missa Paroquia Bom Pastor de Alphaville dia 23 as 10h00

domingo, 19 de junho de 2011

Comunhão de Amor

Na celebração da Santíssima Trindade, a liturgia propõe o final do Evangelho de Mateus, texto missionário em que Jesus ressuscitado encarrega os discípulos de continuar sua atividade.

A Trindade, perfeita comunidade de amor, é o modelo para todos os seguidores de Jesus, que têm no mundo a missão de constituir comunidades acolhedoras, onde se vive o amor fraterno.

Daí que Jesus envia os discípulos, e a nós hoje, com a missão de fazer de todas as pessoas discípulos por meio do batismo em nome da Trindade. O batismo, que insere os filhos de Deus na comunidade cristã, ao ser feito em nome da Trindade santa, recorda a cada cristão que a unidade de amor existente em Deus é desafio a perseguir aqui nesta terra. E isso só é possível porque, por força desse mesmo batismo, em nós habitam o amor do Pai criador, o exemplo e a graça do Filho salvador e a força animadora do Espírito santificador, Espírito que nos permite recordar e atualizar hoje o que Jesus fez e falou há 2 mil anos.

É o Espírito, também, que nos impele a seguir o mandato de Jesus de ensinar a todos a observar tudo o que ele falou, começando com o exemplo e a coerência da própria vida. O mesmo Espírito, aliás, que nos mantém na certeza de que a Jesus foi dada toda a autoridade e de que ele estará conosco até o fim dos tempos...

Celebrar a Trindade, portanto, é celebrar a perfeita comunhão de amor de Deus. É celebrar nossa própria missão, pois, pelo batismo, somos marcados pelo selo do amor de Deus trino, com a vocação de vivenciar em comunidade o amor divino, acolhendo e integrando a todos. Este é o caminho: o amor que está em Deus estará também em nós à medida que levarmos adiante nossa missão em comunidade, propondo gratuitamente a todos a vida nova por nós assumida por força do batismo, que nos insere na dinâmica de amor da Trindade.


Pe. Paulo Bazaglia, ssp (O Domingo)

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Dia 13 de junho - Dia de Santo Antonio -Missa na Paróquia Bom Pastor as 19h00 com a Bênção dos paes.

Santo Antônio é o Santo mais popular do Brasil conhecido por ser o Padroeiro dos pobres, Santo casamenteiro, sempre sendo invocado para se achar objetos perdidos. Essa é a minha homenagem a esse santo querido, que é reverenciado em 13 de junho
Viva Santo Antonio!!

.Fernando de Bulhões (verdadeiro nome de Santo Antônio), nasceu em Lisboa em 15 de agosto de 1195, numa família de posses. Aos 15 anos entrou para um convento agostiniano, primeiro em Lisboa e depois em Coimbra, onde provavelmente se ordenou.
 Em 1220 trocou o nome para Antônio e ingressou na Ordem Franciscana, na esperança de, a exemplo dos mártires, pregar aos sarracenos no Marrocos. Após um ano de catequese nesse país, teve de deixá-lo devido a uma enfermidade e seguiu para a Itália. Indicado professor de teologia pelo próprio são Francisco de Assis, lecionou nas universidades de Bolonha, Toulouse, Montpellier, Puy-en-Velay e Pádua, adquirindo grande renome como orador sacro no sul da França e na Itália. Ficaram célebres os sermões que proferiu em Forli, Provença, Languedoc e Paris. Em todos esses lugares suas prédicas encontravam forte eco popular, pois lhe eram atribuídos feitos prodigiosos, o que contribuía para o crescimento de sua fama de santidade.

A saúde sempre precária levou-o a recolher-se ao convento de Arcella, perto de Pádua, onde escreveu uma série de sermões para domingos e dias santificados, alguns dos quais seriam reunidos e publicados entre 1895 e 1913. Dentro da Ordem Franciscana, Antônio liderou um grupo que se insurgiu contra os abrandamentos introduzidos na regra pelo superior Elias.
Após uma crise de hidropisia (Acúmulo patológico de líquido seroso no tecido celular ou em cavidades do corpo). Antônio morreu a caminho de Pádua em 13 de junho de 1231. Foi canonizado em 13 de maio de 1232 (apenas 11 meses depois de sua morte) pelo papa Gregório IX.
A profundidade dos textos doutrinários de santo Antônio fez com que em 1946 o papa Pio XII o declarasse doutor da igreja. No entanto, o monge franciscano conhecido como santo Antônio de Pádua ou de Lisboa tem sido, ao longo dos séculos, objeto de grande devoção popular.
Sua veneração é muito difundida nos países latinos, principalmente em Portugal e no Brasil. Padroeiro dos pobres e casamenteiro, é invocado também para o encontro de objetos perdidos. Sobre seu túmulo, em Pádua, foi construída a basílica a ele dedicada.
Figura: WEB

PARA PEDIR UMA GRAÇA


Lembrai-vos, ó grande Santo Antônio, que o erro, a morte, as calamidades, o demônio, as doenças contagiosas, tudo foge com vossa intercessão. Por vós, os doentes recobram a saúde, o mar se acalma, as cadeias dos cativos se quebram, os paralíticos recobram os membros, as coisas perdidas voltam a seus donos. Os jovens e os velhos que a vós recorrem, são sempre ouvidos. Os perigos e as necessidades desaparecem. Cheio de confiança, dirijo-me a vós. Mostrai hoje vosso poder e obtende-me a graça que desejo. Amém