domingo, 2 de setembro de 2012

O que é a Bíblia para nós


 


Em setembro no mês da Bíblia vamos saber um pouco mais sobre seu conteúdo divino .Algumas perguntas e respostas para você aprofundar seu conhecimento sobre a Sagrada Escritura.

Gostaria de lembrar da Campanha que a nossa comunidade está realizando. Que é a arrecadação de Bíblias para serem doadas às crianças que freqüentam a catequese nas paróquias vizinhas. Convido a todos para participarem desta Campanha a fim de que mais crianças possam ser evangelizadas, através da palavra de Jesus Cristo.

Senhora Bíblia, é verdade que São Jerônimo a escreveu?

Não foi um só homem que me escreveu, foram muitos, mas todos foram inspirados pelo Espírito Santo.

Porque a Senhora foi escrita?

Para contar o passado aos nossos filhos. Para anunciar o futuro que Deus está nos preparando e mostrar no presente que Ele está caminhando conosco.

Quanto tempo vou levar para conhecer tudo o que a Senhora tem para nos ensinar?



Se você dedicar meia hora por dia, lendo 4 ou 5 capítulos, dentro de um ano você me conhecerá por inteira.

Só um ano?

Sim muito menos tempo que você gasta com outras leituras, e olha o que eu tenho a lhe oferecer são palavras de vida eterna!

Existe alguma diferença entre a Senhora e as Bíblias de outras religiões?



Sim existe. Depois de alguns séculos, a Igreja Católica definiu a forma final da Bíblia, com os seus 73 livros (46 do Antigo e 27 do Novo Testamento). A Bíblia não católica tem apenas 66 livros. Lutero, no século XVI, e, principalmente seus seguidores, rejeitaram os livros de Tobias, Judite, Sabedoria, Baruc, Eclesiástico, 1 e 2 Macabeus, além de partes dos livros de Ester e Daniel.

Agora entendo! É por isso que a Bíblia católica contém mais livros do que a Bíblia não católica. Mas, Dona Bíblia, por que a Bíblia católica tem mais livros?

A Bíblia católica adota o índice (cânon), chamado Alexandrino ou dos Setenta. Eu explico:
Em Alexandria, no Egito, cerca de 200 anos antes de Cristo, já havia uma influente colônia de judeus vivendo em terra estrangeira e falando grego. O rei do Egito, Ptolomeu, queria ter todos os livros conhecidos na famosa biblioteca de Alexandria; então mandou buscar 70 (setenta) rabinos, para traduzirem os Livros Sagrados hebraicos para o grego, entre os anos 250 e 100 a. C.. Surgiu, assim, a versão grega chamada Alexandrina ou dos Setenta, que a Igreja Católica sempre seguiu.

Não é o mesmo índice (cânon) adotado pela Bíblia não católica?

Não. A Bíblia não católica adotou o índice (cânon) do Sínodo de Jâmnia
No ano 100 da nossa era, os rabinos judeus se reuniram no Sínodo de Jâmnia, no sul da Palestina, a fim de definir a Bíblia Judaica. Isto porque, nesta época começavam a surgir o Novo Testamento com os Evangelhos e as cartas dos Apóstolos, que os judeus não aceitaram. Nesse Sínodo, os rabinos definiram como critérios para aceitar que um livro fizesse parte da Bíblia, o seguinte:

1. O livro deveria ter sido escrito na Terra Santa;

2. Escrito somente em hebraico (nem aramaico e nem grego);

3. Escrito antes de Esdras (455 – 428 a.C.);

4. Sem contradição com a Tora ou a Lei de Moisés.

Essas são as razões históricas da diferença entre a Bíblia Católica e a Bíblia não católica.

Dona Bíblia, quantos esclarecimentos importantes a Senhora está nos dando. O que é VULGATA?



O Papa São Dâmaso (366-384), no século IV, pediu a são Jerônimo que fizesse uma revisão das muitas traduções latinas que havia da Bíblia, o que gerava certas confusões entre os cristãos. São Jerônimo revisou o texto grego do Novo Testamento e traduziu do hebraico o Antigo Testamento, dando origem ao texto latino chamado Vulgata, usado até hoje.
Assim, VULGATA é o nome dado à tradução latina da Bíblia, feita por são Jerônimo, a pedido do Papa. Talvez seja por isso que algumas pessoas se confundem e afirmam que foi são Jerônimo quem escreveu a Bíblia.

Dona Bíblia, muitas pessoas dizem que não a lêem, pois a acham difícil e complicada. A Senhora realmente é difícil e complicada?

Nossa! Que bobagem! Não sou nem difícil e nem complicada.
O que acontece é que muitas pessoas procuram ler-me como se eu fosse um livro de história, e essa forma de ler não é correta. Para me entenderem, as pessoas deveriam me ler como se estivessem fazendo uma oração.

Lê-la como se estivesse fazendo uma oração? Rezando? Como assim?



Então...., como nós sabemos os meus livros foram escritos por diversos autores, mas todos inspirados por Deus.
Por isso, quando vocês me lerem, devem entender que a leitura da Bíblia é como um diálogo que Deus tem com cada um de vocês, que procuram descobri-lo e também descobrir seu plano de amor para todo o seu povo.

Você pode dar algumas pistas de como esse diálogo, essa leitura orante se transforma em oração?



Claro que sim! E com prazer!
Antes de começar a minha leitura, vocês devem:
- Invocar o Espírito Santo;
- Criar um ambiente de recolhimento
Devem também:
- Ter sempre em mente que os meus livros são a palavra de Deus.
- Se colocarem abertos à palavra, para: enxergar, saborear e agir.
Lembrem-se das palavras de Maria: “Faça-se em mim segundo a tua palavra”.

Puxa! Que interessante! Você gostaria de dizer mais alguma coisa sobre esse assunto?

Gostaria sim!
Gostaria que todos entendessem que um momento de leitura da Palavra de Deus e de escuta do que Ele nos diz pessoalmente, a leitura orante, não pode ser somente um momento de estudo, nem um tempo para se conhecer a história.
A leitura orante dos meus livros é antes de tudo, para viver melhor o Evangelho de Jesus.

Muito obrigado Bíblia.

De nada, mas antes de me despedir gostaria de lembrar mais uma vez da campanha que a nossa comunidade está realizando. Que é a arrecadação de Bíblias para serem doadas às crianças que freqüentam a catequese nas paróquias vizinhas. Convido a todos para participarem desta campanha.

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