terça-feira, 14 de dezembro de 2010

ADVENTO

A liturgia do Advento nos impulsiona a reviver alguns dos valores essenciais cristãos, como a alegria expectante e vigilante, a esperança, a pobreza, a conversão. Deus é fiel a suas promessas: o Salvador virá; daí a alegre expectativa, que deve nesse tempo, não só ser lembrada, mas vivida, pois aquilo que se espera acontecerá com certeza. Portanto, não se está diante de algo irreal, fictício, passado, mas diante de uma realidade concreta e atual. A esperança da Igreja é a esperança de Israel já realizada em Cristo mas que só se consumará definitivamente na parusia (volta) do Senhor. Por isso, o brado da Igreja característico nesse tempo é "Marana tha"! Vem Senhor Jesus!

O tempo do Advento é tempo de esperança porque Cristo é a nossa esperança (I Tm 1, 1); esperança na renovação de todas as coisas, na libertação das nossas misérias, pecados, fraquezas, na vida eterna, esperança que nos forma na paciência diante das dificuldades e tribulações da vida, diante das perseguições, etc.

O Advento também é tempo propício à conversão. Sem um retorno de todo o ser a Cristo, não há como viver a alegria e a esperança na expectativa da Sua vinda. É necessário que "preparemos o caminho do Senhor" nas nossas próprias vidas, lutando incessantemente contra o pecado, através de uma maior disposição para a oração e mergulho na Palavra.

No Advento, precisamos nos questionar e aprofundar a vivência da pobreza. Não pobreza econômica, mas principalmente aquela que leva a confiar, se abandonar e depender inteiramente de Deus e não dos bens terrenos. Pobreza que tem n'Ele a única riqueza, a única esperança e que conduz à verdadeira humildade, mansidão e posse do Reino.



As figuras do advento

Isaías

Isaías é o profeta que, durante os tempos difíceis do exílio do povo eleito, levava a consolação e a esperança. Na segunda parte do seu livro, dos capítulos 40 - 55 (Livro da Consolação), anuncia a libertação, fala de um novo e glorioso êxodo e da criação de uma nova Jerusalém, reanimando assim os exilados.

As principais passagens deste livro são proclamadas durante o tempo do Advento num anúncio perene de esperança para os homens de todos os tempos. Ele que no capítulo 7 do seu livro já anuncia a vinda do Senhor

João Batista

É o último dos profetas e segundo o próprio Jesus, "mais que um profeta", "o maior entre os que nasceram de mulher", o mensageiro que veio diante d'Ele a fim de lhe preparar o caminho, anunciando a sua vinda (Lc 7, 26 - 28), pregando aos povos a conversão, pelo conhecimento da salvação e perdão dos pecados (Lc 1, 76s).
A figura de João Batista ao ser o precursor do Senhor e aponta como presença já estabelecida no meio do povo, encarna todo o espírito do Advento. Por isso ele ocupa um grande espaço na liturgia desse tempo, em especial no segundo e no terceiro domingo.
João Batista é o modelo dos que são consagrados a Deus e que, no mundo de hoje, são chamados a também ser profetas e profetisas do reino, vozes no deserto e caminho que sinaliza para o Senhor, permitindo, na própria vida, o crescimento de Jesus e a diminuição de si mesmo, levando, por sua vez os homens a despertar do torpor do pecado.

José

São José com Cristo nos braços

Nos textos bíblicos do Advento, se destaca José, esposo de Maria, o homem justo e humilde que aceita a missão de ser o pai adotivo de Jesus. Ao ser da descendência de Davi e pai legal de Jesus, José tem um lugar especial na encarnação, permitindo que se cumpra em Jesus o título messiânico de "Filho de Davi".

José é justo por causa de sua fé, modelo de fé dos que querem entrar em diálogo e comunhão com Deus.
 
 
Fonte: wikipedia.org/

Momento de Reflexão: Pe.Felix Xavier da Silveira
                                         
                                            

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