Utilizando uma imagem simbólica, Jesus conta uma parábola para mostrar o compromisso de cada cristão para com a vinha – e a responsabilidade que todos têm de produzir os frutos do reino. Não é à toa que Deus nos escolheu para fazer parte do seu reino. Somos convidados a trabalhar em sua vinha, colaborando para que ela produza frutos. Todos somos responsáveis por ela.
Hoje a vinha pode ser imagem da Igreja, o novo povo de Deus. Aqui entram alguns questionamentos: que frutos a Igreja está produzindo no meio da sociedade atual? É vinha viçosa e fértil ou vinha acomodada no saudosismo e sem proposta de transformação, de melhoria de vida para o povo? Será que as comunidades cristãs estão produzindo justiça, paz, felicidade para todas as pessoas?
A Igreja, o novo povo de Deus, tem como missão “produzir frutos” e como fundamento o próprio Cristo, pedra fundamental rejeitada por muitos também na sociedade contemporânea.
Não basta, porém, pertencer à Igreja, amá-la e sentir sua necessidade. Demonstramos nossa fidelidade produzindo frutos não para nós mesmos, mas para os outros. Nosso prazer de pertencer à vinha deve levar-nos a produzir os frutos do reino: justiça, liberdade, paz, amor, fraternidade. Numa palavra, assumir o compromisso com o direito e a justiça: expressão de fidelidade à aliança entre Deus e seu povo.
Quando não vivemos o direito e a justiça, com facilidade podemos nos tornar “vinhateiros homicidas”, que despojam o pobre e violam seus direitos fundamentais.
A história dos vinhateiros vem nos advertir de que não somos donos da vinha, mas apenas responsáveis por ela. Devemos ter cuidado para evitar o desejo de nos apossar da religião e interpretá-la à nossa maneira. Não somos senhores da fé do povo, não somos donos da salvação e da verdade. A salvação e a verdade também podem ser encontradas além dos muros dos templos e das propriedades da Igreja.
Pe. Nilo Luza, ssp
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